Parecer - CJFL de 14/12/2022 por MARCOS AZEVEDO MOREIRA (TATINHA) (Projeto de Lei (Prefeitura) nº 47 de 2022)
Documento Acessório
Tipo
Parecer
Nome
CJFL
Data
14/12/2022
Autor
MARCOS AZEVEDO MOREIRA (TATINHA)
Ementa
Este projeto tem a finalidade de dar denominação à Unidade Básica de Saúde, em construção no "Jardim das Palmeiras", Santa Rita do Sapucaí/MG, será denominada "Unidade Básica de Saúde — UBS — Dr. Ruy Carneiro Pinto".
Dr. Ruy Carneiro Pinto, Farmacêutico, nasceu em Santa Rita do Sapucaí. No dia 4 de julho de 1916. Era filho de Adelino Carneiro Pinto e Geny Carneiro Pinto. Foi casado com Maria Thereza do Carmo Vono Carneiro, cujo o matrimônio gera quatro filhos, Ernestina Vono Carneiro, Roduvaldo Vono Carneiro, José Antônio Vono Carneiro e Geny Elisa Vono Carneiro. Sr. Ruy estudou o ensino fundamental e médio em Santa Rita do Sapucaí, estudou farmácia na Faculdade em Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, onde se formou em 04 de dezembro de 1940. Terminando o curso veio para Santa Rita para exercer a profissão juntamente com seu pai Adelino Carneiro Pinto, que já exercia a profissão da Farmácia São José que ficava no morro do Zé da Silva, então rua Antônio Moreira da Costa. Trabalhou no laboratório do Posto fazendo exame de sangue, fezes, urina e Hanseníase. Trabalhou, também, no Posto de Saúde local como Farmacêutico, contemporâneo do Dr. Elias Kallás, Dr. Omar Franqueira e Dr. José de Alencar Viana. Contemporâneo de seus colegas Oswaldo Cruz, Nazareth Bresller, Eugênio Grillo, Maria Murano e Ofélia e outros. Após sua aposentadoria foi o responsável Técnico Farmacêutico da Drogaria Carvalho, cujo o dono era o Pingo da Farmácia. Todos lembram do sr. Ruy com muito carinho, pois o consideravam o Pai dos Pobres. Como citado, a farmácia era no morro do Zé da Silva, era uma Farmácia de Manipulação, pois na época existia poucos remédios comercializados. O médico prescrevia a receita e a farmácia executava. A Farmácia ficava num sobrado com grande escadaria, mantinha um laboratório e um consultório onde atendia clientes vindo de todos os cantos da cidade e, principalmente, vindo do meio rural onde existia uma população extremamente carente. Na entrada, tinha dois vasos pomposos que faziam a decoração da farmácia, grandes armários envernizados; no laboratório ficava o jacaré de ferro que fazia o suporte para a balança de precisão, que pesava em miligramas os componentes das porções que tantas vidas salvaram. Era o Boticário, milhares de dais eram misturados através de fórmulas. Sr. Ruy viveu para servir, pois tinha muito dó de crianças e de viúvas. Com o seu dom em viver para servir, pode criar vários discípulos em sua farmácia como o sr. Casturino, sr. Astolfo Lemos Carneiro e o sr. Benedito Carneiro Pinto. Com tudo isso, não podemos deixar de citar que usou em muitos clientes o desesperador Clister, o cataplasma, as ventosas e o sangue suga, numa terapêutica limitada. Exames clínicos praticamente não existiam, o diagnóstico era essencialmente clínico, tinha que haver "Tino", vivência e até mesmo intuição. Coisa que não faltava no sr. Ruy. Era Maçon da Loja Caridade Sul Mineira, Espírita, onde na época sofria grande pressão por ser Espírita e Maçon. Foi Diretor do Centro Espírita Amor e Caridade, sua morte foi muito sentida por todos, pois sempre tinha um remédio para a dor física e para a dor emocional. No Centro Espírita Amor e Caridade fez muitos casamentos e batizados, manteve vivo o espiritismo de Alan Kardec em Santa Rita do Sapucaí, dos tempos onde a pressão sobre a sua religião era grande. Para finalizar, lembraremos as palavras de Monteiro Lobato em relação ao Farmacêutico, onde parece ter sido feito para o sr. Dr. Ruy Carneiro Pinto, escrito em dezembro de 1944. "O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. E o atento guardião do arsenal de armas com que o médico combate as doenças. E quem atende as requisições à qualquer hora do dia e da noite. O Lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: Servir. O farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Por maior que seja a vaidade e o orgulho dos homens, a doença as abate e é então que o farmacêutico os vê. O orgulho humano pode enganar as criaturas, mas não engana o farmacêutico
Este sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar uma receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhum entre o fígado de um Rothschild e o pobre homem da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene
Dr. Ruy Carneiro Pinto, Farmacêutico, nasceu em Santa Rita do Sapucaí. No dia 4 de julho de 1916. Era filho de Adelino Carneiro Pinto e Geny Carneiro Pinto. Foi casado com Maria Thereza do Carmo Vono Carneiro, cujo o matrimônio gera quatro filhos, Ernestina Vono Carneiro, Roduvaldo Vono Carneiro, José Antônio Vono Carneiro e Geny Elisa Vono Carneiro. Sr. Ruy estudou o ensino fundamental e médio em Santa Rita do Sapucaí, estudou farmácia na Faculdade em Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, onde se formou em 04 de dezembro de 1940. Terminando o curso veio para Santa Rita para exercer a profissão juntamente com seu pai Adelino Carneiro Pinto, que já exercia a profissão da Farmácia São José que ficava no morro do Zé da Silva, então rua Antônio Moreira da Costa. Trabalhou no laboratório do Posto fazendo exame de sangue, fezes, urina e Hanseníase. Trabalhou, também, no Posto de Saúde local como Farmacêutico, contemporâneo do Dr. Elias Kallás, Dr. Omar Franqueira e Dr. José de Alencar Viana. Contemporâneo de seus colegas Oswaldo Cruz, Nazareth Bresller, Eugênio Grillo, Maria Murano e Ofélia e outros. Após sua aposentadoria foi o responsável Técnico Farmacêutico da Drogaria Carvalho, cujo o dono era o Pingo da Farmácia. Todos lembram do sr. Ruy com muito carinho, pois o consideravam o Pai dos Pobres. Como citado, a farmácia era no morro do Zé da Silva, era uma Farmácia de Manipulação, pois na época existia poucos remédios comercializados. O médico prescrevia a receita e a farmácia executava. A Farmácia ficava num sobrado com grande escadaria, mantinha um laboratório e um consultório onde atendia clientes vindo de todos os cantos da cidade e, principalmente, vindo do meio rural onde existia uma população extremamente carente. Na entrada, tinha dois vasos pomposos que faziam a decoração da farmácia, grandes armários envernizados; no laboratório ficava o jacaré de ferro que fazia o suporte para a balança de precisão, que pesava em miligramas os componentes das porções que tantas vidas salvaram. Era o Boticário, milhares de dais eram misturados através de fórmulas. Sr. Ruy viveu para servir, pois tinha muito dó de crianças e de viúvas. Com o seu dom em viver para servir, pode criar vários discípulos em sua farmácia como o sr. Casturino, sr. Astolfo Lemos Carneiro e o sr. Benedito Carneiro Pinto. Com tudo isso, não podemos deixar de citar que usou em muitos clientes o desesperador Clister, o cataplasma, as ventosas e o sangue suga, numa terapêutica limitada. Exames clínicos praticamente não existiam, o diagnóstico era essencialmente clínico, tinha que haver "Tino", vivência e até mesmo intuição. Coisa que não faltava no sr. Ruy. Era Maçon da Loja Caridade Sul Mineira, Espírita, onde na época sofria grande pressão por ser Espírita e Maçon. Foi Diretor do Centro Espírita Amor e Caridade, sua morte foi muito sentida por todos, pois sempre tinha um remédio para a dor física e para a dor emocional. No Centro Espírita Amor e Caridade fez muitos casamentos e batizados, manteve vivo o espiritismo de Alan Kardec em Santa Rita do Sapucaí, dos tempos onde a pressão sobre a sua religião era grande. Para finalizar, lembraremos as palavras de Monteiro Lobato em relação ao Farmacêutico, onde parece ter sido feito para o sr. Dr. Ruy Carneiro Pinto, escrito em dezembro de 1944. "O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. E o atento guardião do arsenal de armas com que o médico combate as doenças. E quem atende as requisições à qualquer hora do dia e da noite. O Lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: Servir. O farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Por maior que seja a vaidade e o orgulho dos homens, a doença as abate e é então que o farmacêutico os vê. O orgulho humano pode enganar as criaturas, mas não engana o farmacêutico
Este sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar uma receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhum entre o fígado de um Rothschild e o pobre homem da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene
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